23/09/2011


John Forbes Nash

Este cientista de inteligência brilhante apresentava, ao mesmo tempo, uma mente perturbada, diagnosticada pela Medicina como portadora de esquizofrenia. Esta história real aborda os dilemas e o sofrimento desta genialidade conturbada, que se debatia entre a busca do destaque intelectual, do sucesso a qualquer custo, e as crises psíquicas que o acometiam, levando-o a ser internado em várias clínicas diversas vezes, algumas delas compulsoriamente.
John Nash seguiu constantemente sua própria metodologia na resolução de problemas matemáticos complexos, nem sempre agradando seus mestres. Posteriormente ele lecionou na famosa Universidade de Princeton, uma das melhores nesta área nos EUA, além de ser admitido como pesquisador no influente MIT (Massachussets Institute of Technology), a mais importante de todas as instituições de pesquisa neste campo. Durante os conflitos da Guerra Fria ele atuou como colaborador do governo norte-americano, decodificando mensagens soviéticas dirigidas para espiões russos em território americano, impedindo assim possíveis ataques nucleares ao seu país.
Nash se torna célebre ao criar uma teoria que o contrapõe ao então considerado o papa da economia, Adam Smith, e a sua convencional visão sobre a competição, que era compreendida por ele como um incentivo para que o indivíduo atingisse sua meta. Já este matemático acreditava que era fundamental, para isso, a participação do coletivo, pois assim todos poderiam alcançar o objetivo desejado.
Em 1994 John Nash, que já apresentava um comportamento considerado anormal, tinha uma grande dificuldade para se relacionar com as mulheres, e já tinha passado por vários hospitais, conquista o Nobel de Economia por sua ‘Teoria dos Jogos’. Ele vivia em constante competição com seus colegas, tentando ser o máximo nas pesquisas acadêmicas, estar incessantemente no topo.
Durante suas crises ele foi sempre amparado pelo amigo Charles e pela segunda esposa, Alicia. Eles foram sempre seus anjos guardiões mesmo nos piores momentos, quando Nash se via como um cidadão mundial e desejava renunciar a seu status de cidadania americana. No auge das crises, ele chegou a assumir posturas anti-semitas, acusando os judeus quando acreditava ser Imperador da Antártica e portador de mensagens secretas publicadas em código no periódico The New York Times.
O livro também faz menção ao suposto homossexualismo de Nash, nunca comprovado. Ele parecia cultivar algumas amizades diferentes com o sexo masculino, chegou a deixar uma amante com o próprio filho, mas sempre rejeitou o rótulo de ‘homossexual’. Estes traços de sua personalidade não aparecem no filme, e na verdade também não são explorados profundamente em sua biografia, pois a autora privilegia seu brilhantismo intelectual.
A narrativa, que não se detém em complexas explicações de suas teorias matemáticas, flui naturalmente, tornando-se acessível a qualquer leitor, embora às vezes seja um pouco detalhista demais, contribuindo para que esta obra seja um pouco extensa. Mesmo assim vale a pena mergulhar na história deste gênio nem sempre compreendido.

Fontes:
http://mfsouza.blogspot.com/2007/10/uma-mente-brilhante.html
http://www.terra.com.br/istoegente/138/diversao_arte/livros_uma_mente_brilhante.htm
http://pt.shvoong.com/humanities/1814141-uma-mente-brilhante


Nenhum comentário:

Postar um comentário